A música brasileira sofre uma grande perda com o falecimento da renomada cantora Sônia Delfino, aos 82 anos, no Rio de Janeiro. A notícia, confirmada por familiares nas redes sociais, deixou muitos fãs e admiradores em luto. Embora a causa da morte não tenha sido divulgada, sua trajetória musical e contribuição para a cultura brasileira permanecem inegáveis.
Sônia Delfino foi uma das pioneiras da Bossa Nova, iniciando sua carreira em 1955 no programa “Clube do Guri” da extinta TV Tupi. Seu talento logo se destacou, e em 1960, ela recebeu o prêmio de cantora revelação, consolidando-se como uma das promessas da música nacional. Seu primeiro LP, “Sônia Delfino canta para a Mocidade”, foi lançado no mesmo ano, e sua popularidade só cresceu.
Entre seus sucessos mais memoráveis estão “Bolinha de Sabão” e reinterpretações de clássicos como “O Barquinho”. Além de sua carreira musical, Sônia também teve participações no cinema, atuando em filmes como “Tudo Legal” e “Um Candango na Bela Capa”. Sua presença na cultura brasileira foi intensa, mesmo após um afastamento nos anos 70, quando se casou com um diplomata.
Após anos longe dos holofotes, Sônia decidiu retomar sua carreira em 1983, apresentando-se em pequenas casas noturnas e mantendo viva a memória de artistas renomados. Em 1998, ela participou de uma homenagem aos 40 anos da Bossa Nova, reafirmando sua relevância no cenário musical.
A administração da Simpro, onde Sônia era sócia fundadora, lamentou sua perda, ressaltando sua importância na vida dos artistas brasileiros e seu legado na música. A despedida de Sônia Delfino representa o fim de uma era, mas sua voz e suas canções permanecerão eternamente na memória do público. Descanse em paz, Sônia.